Sarzeda
Irmãos no sofrimento, humildes no estilo de vida, os habitantes desta aldeia são hoje conhecidos pelo forte espírito comunitário que os une. Diz-se que o melhor que esta gente tem é que gosta de bem receber e, por isso, coloca na mesa pão, salpicão, presunto e vinho com fartura. Vencedora de vários concursos anuais de castanha, Sarzeda tira partido do solo ímpar que possui e faz da agricultura importante complemento económico. Subindo ao ponto mais alto, ao monte de Santa Bárbara (que protege das trovoadas), avistam-se os frondosos soutos, os palheiros nas eiras, as mimosas, os linhares e as vinhas. Este recinto, onde acontece festa rija, foi requalificado e ganhou a dignidade merecida, permitindo o culto e, em simultâneo, o lazer e o recreio das gentes da Sarzeda. Dentro da povoação, pode contemplar-se a capela de S. Sebastião e a Igreja Matriz, levantada no século XVII por influência da Ordem de Malta. Muito ligada aos ofícios, onde pontua a madeira, o mármore e o granito, Sarzeda guarda ainda alguns símbolos da antiguidade, como são os casos das sepulturas antropormóficas cavadas em rochedos no sítio dos Lameirões e no Pocelo.
Seixo
Fica desviada, para norte, alguns quilómetros da Sarzeda. A igreja matriz dedicada a Santa Maria Madalena, trasladada para lugar mais aprazível, merece uma visita. As gentes, tal como as de Sarzeda, são aguerridas mas hospitaleiras. O povinho tem ar meigo, a rusticidade é uma constante, assim como os enormes penedos que brotam da serra como cogumelos. Está equipada com espaços desportivos, culturais e a marca que mais distingue os habitantes do Seixo é o seu dinamismo.